Minha História

 

       Foi no curso politécnico em Gestão de Recursos Humanos, na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, que tive meu primeiro contato com a psicologia. Esse contato mudou minha forma de querer conhecer as pessoas, a mim mesmo e o mundo.

      Concluí o curso no ano de 2005 e já emendei na formação em psicologia no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação - Laureate International Universities, no Rio de Janeiro.

       Para poder custear ambos os cursos trabalhei em uma seguradora de automóveis, ocupando diversas funções ao longo dos anos. A função que mais se aproximou da psicologia foi na área de treinamento e desenvolvimento, onde pude colaborar com equipes de atendimento em todo o Brasil.

         Estudar as demandas organizacionais e perceber as potencialidades individuais ampliou o meu campo de visão a respeito do comportamento humano. Pude entender o que motiva e o que limita um indivíduo inserido na cultura da empresa.

        Esse conhecimento eu levei comigo até fazer a transição para a área da psicologia clínica, onde pude me aprofundar no conhecimento científico.

       Foram muitos os lugares onde aprendi: estágios, congressos, grupos de estudos, supervisões, palestras, cursos, seminários, especializações, minha terapia pessoal, meus pacientes... e a vida.

        Aprende-se muito com a vida, suas oportunidades e principalmente com as dificuldades.

        Meu objeto de estudo na monografia universitária foi a angústia na contemporaneidade, pois isso era algo que eu já vinha observando nas empresas, nos colegas, nas crianças, nos familiares e nos atendimentos clínicos realizados no estágio. 

      Escrevi também sobre as influências psicológicas do grupo no indivíduo e de que maneira podemos ser desviados de nossos desejos.

       Tive a oportunidade de trabalhar com orientação profissional para adolescentes de diversas escolas do Rio de Janeiro e aprendi muito com isso. O adolescente tem uma maneira muito peculiar de se comunicar e precisa muito confiar no outro para poder se expor. Para isso é preciso acolhimento e atenção. 

      Ainda na universidade pude conhecer a abordagem Reichiana, criada pelo médico e cientista Wilhelm Reich. A teoria Reichiana veio me mostrar a importância de observarmos a Vida Viva, a pulsação da energia no organismo, os fenômenos dentro e fora do corpo/mente, a potência do indivíduo e a capacidade de harmonia / autorregulação que todos possuem.

       Quando a energia está bloqueada, o corpo/mente adoece, as emoções ficam congeladas e isso pode ser observado no caráter da pessoa. Os termos Reichianos serão melhor explicados em outros textos.

       Já no final da formação em Análise Reichiana no Instituto de Formação e Pesquisa Wilhelm Reich, no Rio de Janeiro, me interessei também pela psicoterapia corporal com crianças e adolescentes e fiz minha segunda formação, em 2015, com a professora e Dra. Brasilda Rocha, em São Paulo.

        Eu sempre fui fascinado pelo universo infantil e em 2007 fui pai de uma criança incrível, que me ensina todos os dias o sentido do amor verdadeiro. Sobre a formação em SP, além de ser um campo de atuação que me interessa muito, nesse curso aprendo também a resgatar a criança esquecida que existe dentro de cada um, é possível compreender o sentido do brincar para a criança, o significado de cada brinquedo/brincadeira, posso entender aquilo que incomoda a criança e a maneira que ela tem para expressar isso. Através do estudo da análise Reichiana, da bioenergética, da biodinâmica, da biossíntese, do psicodrama e de várias outras abordagens que consideram o movimento expressivo, é possível buscar a potencialização da saúde na criança.

       Em 2019 inciei a formação em Análise Psico-Orgânica (APO) no CEBRAFAPO - Centro Brasileiro de Formação em Análise Psico-orgânica. "Baseada no quadro teórico neorreichiano, a fisioterapeuta e psicóloga Gerda Boyesen criou, nos anos 50, a Psicologia Biodinâmica. Acentuando a abordagem da psique através do trabalho orgânico, seu trabalho consiste em favorecer o relaxamento através de massagens apropriadas e atuar na fase parassimpática do ciclo energético. A partir da ênfase dada por Gerda à abordagem corporal, seu filho, Paul Boyesen, desenvolveu, durante a década de 70, a APO. As palavras e as imagens foram adotadas como ferramentas terapêuticas de suma importância, conferindo à Psicologia Biodinâmica uma forma mais analítica e, foram criados modelos fenomenológicos - como o círculo psico-orgânico e o trabalho do impulso primário (Primary Impulse Training) - para propiciar a compreensão do funcionamento intrapsíquico do sujeito e a dimensão da relação no processo terapêutico.

          Estabelecendo inter-relações entre a linguagem somática, emocional e psíquica, a APO busca conexões entre a verbalização, a produção de imagens e os movimentos energéticos do corpo" (extraído do site: http://www.cebrafapo.com.br/index.php?link=11). 

         Esse é um breve resumo da minha história acadêmica e profissional. Cada novo conhecimento vem complementar e potencializar os outros. Cada novo contato, cada nova experiência, cada novo caminho e cada nova forma de caminhar, vem somar ao trabalho de conhecer as profundezas do ser e mergulhando nas profundezas, finalmente encontraremos sempre o amor e a liberdade.

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 Grande abraço

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Alexandre Monçores Salvador

Psicólogo clínico e Psicoterapeuta corporal

CRP 05/46554