
DO TRATO COM A VIDA
Uno a embarcação
ao porto
e canto a convulsão
de um ser extinto.
Amo o sangue
que me crucia e doma,
com seu ferro.
Não espero
dos Deuses,
pois engendro
o deus que me transfere
a solidão de ser
meu próprio invento.
Sou poeta,
formo o ciclo do tempo,
onde me enterro.
Carlos Nejar